MANUSCRITO / ACÇÕES. - COMPANHIA GERAL DE PERNAMBUCO, E PARAÍBA.
Lote 398
Descrição
MANUSCRITO / ACÇÕES. - COMPANHIA GERAL DE PERNAMBUCO, E PARAÍBA.
RARISSIMO e importante conjunto de 25 ações desta companhia, que era proprietário José Francisco Cruz alagoa, importante nobre, comerciante, e dos mais ricos de Portugal no tempo Pombalino. Cada ação era assinada pelo provedor e dez deputados da companhia. Os versos das ações estão manuscritos com contratos dos dividendos de cada ação e por vezes a repartição de lucros a cada acionista da mesma, transações que eram aprovadas e certificadas pelo provedor. As de 1760 com o nº 624 a 628 e as do ano 1763 com o nº 2494 a 25113. Foram impressas 3.400 com o valor de 400 mil reis cada uma, que era um valor mais alto das companhias criadas pelo Marques de Pombal, que só os grandes empresários e nobres podiam pagar, pois o mínimo era de 10 ações.
A Companhia Geral de Comércio de Pernambuco e Paraíba foi criada durante o governo do Marquês de Pombal, fazendo parte do conjunto de reformas que tinha como objetivo modernizar a economia de Portugal. Foi instituída por Alvará de 13 de agosto de 1759, recebendo o direito de monopólio de comércio da capitania de Pernambuco e das suas capitanias anexas por 20 anos. Os seus estatutos fixavam a sede da Companhia em Lisboa e estabeleciam como órgãos de decisão uma Junta nesta cidade, constituída por um provedor, dez deputados e um secretário, e duas Direções, uma sediada no Porto e outra em Pernambuco. Além destas, haviam representantes da companhia instalados em Angola, Rio de Janeiro, Bahia e nas ilhas Faial e São Miguel, nos Açores. A Companhia tinha o privilégio da exclusividade da navegação, do comércio por grosso, exceto o de vinhos e de escravos, com as capitanias de Pernambuco e Paraíba e seus respetivos distritos. Após a morte do rei D. José e a demissão do marquês de Pombal do governo, a rainha D. Maria I extinguiu a Companhia por ordem régia em 1780, instituindo no seu lugar uma Junta liquidatária responsável pelo pagamento dos dividendos aos acionistas e das dívidas contraídas.
Eram as ações mais caras das companhias criadas pelo Marques de pombal: Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Auto Douro (1755): Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão (1755): Companhia Geral de Pernambuco e Paraíba (1759): Companhia Geral das Pescarias Reais do Reino do Algarve (1773 e 1776).
Documentação importante para a história económica, das rotas, circuitos e trocas comerciais da América, África e Ásia, nomeadamente, Pernambuco, Paraíba, Moçambique, Angola, Surrate, Bombaim, Mangalor, Talecheira, Macau, Goa, Cantão, num período cronológico compreendido entre meados do século XVIII e princípios do século XIX.
Não encontramos nenhum registo destas ações na BNP nem em outras instituições. Apenas sabemos que há 25 anos, foram descobertas um total de 13 ações desta empresa que não podemos confirmar.
Importante para as coleções Pombalinas, Brasil, África e Escravatura, Comércio e Indústria.
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