VARIANTE. Editor: António Pedro. Número da Primavera. 1942 e Número de Inverno. 1943. Lisboa. 1942 e 1943. 2 Nos. In-4º de 84 e 90 págs. Brs.

Coleção completa desta revista de belo especto gráfico. Encerra colaboração literária e artística de Adolfo Casais Monteiro, Almada Negreiros, Branquinho da Fonseca, António Pedro, António Navarro, Carlos Queirós, José Régio, Ruy Cinatti, Sophia de Mello Breyner Andresen, Vitorino Nemésio, etc. Ilustrações de F. Franco, C. Cruz, Diogo de Macedo, José Tagarro, Amadeu de Sousa Cardoso, Eduardo Viana, António Soares, Almada Negreiros, Dordio Gomes, Carlos Botelho, Jorge Barradas, Sarah Afonso, Mário Eloy, Bernardo Marques, Ofélia Marques, Maria Keil do Amaral e Júlio. Bem conservados. Encadernação inteira de pele, com capas. Defeito na junção da pasta da frente com a lombada quase solta e a precisar de restauro.

TERRA NOSSA. Mensario de inquerito á vida alentejana. Propriedade da "Empreza da Terra Nostra". Director Litterário: Antonio Lobato Adegas. Director Artistico: Luis Chaves. Anno I - Nº 1 (ao Nº 3). Lisboa 1916. 3 Nos. In-4º Encs em 1.

Coleção completa desta raríssima revista. Fernando Pessoa no Nº 3, assina o poema Ceifeira. Inclui colaboração de José Leite de Vasconcellos, Albero Osório de Castro, Agostinho Fortes, António Ferro, Brito Camacho, Garcia Pulido, José Duro, António Sardinha, Hernâni Cidade, etc. O número 3 com assinatura safada na capa que causou pequenos furos no papel. Conjunto de grande valor e Raridade. Com algumas correções nas margens as erratas dos textos. Encadernação meia de pele, conserva as capas dos três números.

SEMENTEIRA (A). Publicação Mensal Ilustrada. Director: Hilário Marques. Nº1 - Setembro de 1908 (ao Nº93 - agosto de 1919). Lisboa. Typographia A Publicidade. 1908 (a 1919). 93 nos. In-4º e 8º. Encs em 4 vols.

Coleção completa e rara. Ilustrada. A publicação nascia lisboeta e seu proprietário e editor era o arsenalista Hilário Marques. Para a execução do projeto gráfico, produção textual e traduções envidam esforços importantes anarquistas da época. Entre eles nos parece útil destacar Neno Vasco, Ismael Pimentel, José Luís, Emílio Costa, Bento Faria, César Porto, Adolfo Lima, Sobral de Campos, Campos Lima, José Carlos de Sousa, Bel-Adam (pseudônimo de Severino de Carvalho) e ainda outros. No geral não fica difícil perceber que A Sementeira se caracteriza pela divulgação da doutrina anarquista, sua propaganda, com ênfase na interpretação dos fatos nacionais e internacionais analisados por esse prisma.

SÁ DA BANDEIRA, Visconde. - THE SLAVE TRADE, AND LORD PALMERSTON'S BILL. S. local. (Londres). 1840. In-8º de 68 págs. Br.

Importante obra sobre escravatura. Capas de brochura com acidez, miolo limpo. Encadernação inteira de pele.

RÉGIO, José. - A VELHA CASA. I - Uma Gota de Sangue. II - As Raizes do Futuro. III - Oa Avisois do Destino. IV - As Monstruosidades Vulgares. V - Vidas São Vidas. Lisboa. 1945 (a 1966). 5 Vols. In-8º Encs.

Coleção completa. Todos os volumes são da primeira edição, exceto o V volume que é da segunda edição. Encadernações inteiras de pele. Conservam as capas de brochura.

REFLEXÕES SOBRE O CORREIO BRAZILIENSE. Nº1 (ao 18). Lisboa. Na Impressão Regia. 1809. In-8º de 311, [1] págs. Br.

Coleção completa e muito raro. Publicado anonimo por Joaquim de Santo Agostinho de Brito França Galvão. A obra servia para contrariar o Correio Braziliense, virada para a elite intelectual de Portugal e Brasil que criticava aspetos da administração do país, reunindo as questões mais importantes que afetavam a Inglaterra, Portugal e Brasil e, embora sem questionar diretamente o Governo, assumia um posicionamento liberal e defensor da monarquia constitucional de estilo britânico, o que lhe granjeou bastante aceitação, mas desagrado do poder instituído. No intuito de contrariar este posicionamento crítico surgiram algumas publicações como a presente obra. A página 195 com pequeno rasgão sem perda de texto.

MITRANI, Nora. - A RAZÃO ARDENTE. Cadernos surrealistas. Lisboa. Imprensa de Libanio da Silva. 1950. In-8º de 24 págs. Br.

Integrado nos Cadernos Surrealistas e dos mais raros da coleção. Carimbo de oferta dos editores para o "Diário Popular".

MANUSCRITO. D. CATARINA. 1571

Carta assinada pela Rainha D. Catarina para João Telles de Menezes, Embaixador em Roma, pedindo que favorecem a Diogo Castro Pacheco que ia pedir ao Sr. Padre dispensa para contrair matrimonio.

MANUSCRITO. D. FERNANDO. 1410 e 1420 (alias 1372 e 1382, são -38 anos da era César).

Conjunto de 2 curiosas manuscritos de El-Rei D. Fernando. O primeiro em 1410 a favor de Martim Vasquez de Gois, alcaide mor do nosso Castelo da Cidade de Coimbra para deserdar o seu filho Estevão Vasquez para que não possa suceder ao seu morgado e as suas terras.

O segundo manuscrito de pequenas dimensões e pouco comum, dez anos mais tarde com o perdão do mesmo soberano a seu filho.

Manuscritos em pergaminho não assinados. Possui junto a transcrição dos documentos.

JANEIRO, Armando Martins. - PEREGRINO. Lisboa. 1962. In-folio. Cart

Edição especial de 100 exemplares, este com o nº 50. Obra dedicada a Wenceslau de Moraes, editada em papel japonês, impresso numa só face e em folhas soltas. Capas e caligrafia do pintor japonês Hirosuke Watanuki. Exemplar profusamente ilustrado com reproduções fotográficas, artísticas e documentais e ainda postal autógrafo de Wenceslau de Moraes escrito do Japão, em Kobe, para a sua irmã D. Francisca Paúl, toalhinha em pano estampado com um motivo oriental; uma página da tradução japonesa da obra «Relance da Alma Japonesa»; plaquetas, programas, e bilhetes postais ilustrados relativos a Wenceslau; rótulo de caixas de Yokan (doce de feijão) que se vende em Tokushima com o nome de Wenceslau de Moraes, fotografias do escritor, etc. Acondicionado num estojo original forrado com tenugui fabricados em Tokushima.

HELDER, Herberto. - ELECTRONICOLIRICA. Lisboa. Guimarães Editores. 1964. In-8º de 50, [2] págs. Enc

Edição primitiva. Da “Colecção Poesia e Verdade”. Das mais raras obras do autor. Vestígios de assinatura safada no frontispício. Encadernação inteira de pele, conserva as capas.

GERMINAL. Mensário dedicado aos trabalhadores. Director: Emilio Costa. Editor: Mario Costa.

1ª série (e 2ª série. 1ª série: Nº1 - 1 de janeiro de 1915 (a Nº19 - 30 de maio de 1915.

2ª série: Nº1 - fevereiro de 1916 (ao Nº17/18 junho e julho de 1917). Lisboa. Oficinas Gráficas. 1915 (a 1917). 2 Vols. In-4º e 8º. Encs.

Coleção completa e rara. Revista de carácter anarquista e fundamental para o estudo do movimento operário da época e para compreendermos a posição de alguns anarquistas durante a Grande Guerra. O Grupo Germinal apoiou a participação na guerra ao lado dos Aliados. A primeira série com 19 números num total de 76 páginas e a segunda série de menor formato de 18 números com 521 páginas. Bem conservados. Encadernações meia de pele.

FORTES, Manuel de Azevedo. - LOGICA RACIONAL, GEOMETRICA E ANALITICA, OBRA UTILISSIMA, e absolutamente necessaria para enrar em qualquer ciencia, e ainda para todos os homens, que em auqlquer particular, quizerem fazer uso do seu entendimento, e explicar as suas idéas por termos claros, proprios, e intelligiveis. Lisboa Na Offic. de Jozé Antonio Plates. 1744. In-4º de XXXVI, 151, 270, 224 págs. Enc.

Primeira edição. Ornada com dezenas de símbolos geométricos e o retrato do Infante D. António, filho do D. Pedro II, aberto a buril em chapa de cobre por Vieira Lusitano. Bem conservada. Encadernação da época inteira de carneira.

CONTEMPORANEA. Grande Revista Mensal. Director: José Pacheco. Nº 1 a 13. Lisboa. Imprensa Libanio da Silva. 1922 (a 1926). 13 Vols. In-4º. Encs em 4

Coleção completa. Encerra colaboração literária e artística de: Fernando Pessoa, Almada Negreiros, Mário de Sá-Carneiro, Camilo Pessanha, António Botto, Raul Leal, José Régio, Teixeira de Pascoaes, Aquilino Ribeiro, A. Santa-Rita, Eugénio de Castro, Marinetti, Amadeu de Sousa Cardoso, Jorge Barradas, Mily Possoz, Stuart, Columbano Bordalo Pinheiro, António Carneiro, etc. Possui junto 2 postais de Boletim de inscrição para a revista. O primeiro número da tiragem de 401 números numerados e rubricados por José Pacheco e com o nome do proprietário, este com o nº16. Posteriormente em 2005 foi publicado o Nº14 realizado a partir de originais cedidos por José Augusto França e Carlos Ventura, atual proprietário, que os editou. Encadernações inteiras de pele. Conservam as capas de todos os números.

CANTOCHÃO. Feria Quarta. Passio Secundum Lucam. Séc. XVI (1501-1550).

Belo livro livro litúrgico de canto religioso para a quarta-feira da Semana Santa, desenhado pela mesma mão sobre pergaminho, contendo 32 folhas, a primeira folha com a capitular iluminadas a ouro (Julgamos que seja da autoria de António de Holanda). Exemplar que pertenceu ao Convento de Nossa Senhora do Populo como indica na folha de guarda com os dizeres manuscritos "Pertinet ad Conventum Dnae Nrae de Populo Bracara Augusta". Encadernação da época em marroquim sobre tabuas de madeira com falta dos fechos e os dizeres a ouro nas pastas "Feria IIII. Passio Secvmdvm Lvcam".

Cantochão é a denominação aplicada à prática monofônica de canto utilizada nas liturgias cristãs, originalmente desacompanhada. Historicamente, diversas formas de rito cristãos, como a Moçárabe; Ambrosiana ou Gregoriana organizaram a música utilizada em repertórios, a partir daí intitulados a partir do rito do qual fizessem parte: Canto Gregoriano; Canto Moçárabe e Canto Ambrosiano, por exemplo. Formadas principalmente por intervalos próximos como segundas e terças, melodias do cantochão se desenvolvem suavemente, sendo o ritmo baseado na prosódia dos textos em latim. O cantochão é o principal fundamento da chamada música ocidental, sobre o qual toda a teoria posterior se desenvolve, ao contrário de outras artes que apontam para a época clássica da civilização greco-romana, ou até mesmo fontes anteriores. O cantochão é também a música mais antiga ainda utilizada, sendo cantada não só em Mosteiros como também por coros leigos no mundo todo.

BORDALLO PINHEIRO, Rafael. - LANTERNA MAGICA.  Nº1 – maio de 1975 (a Nº33 de julho 1975). Lisboa. Typographia de Christovão Augusto Rodrigues. 1975. 33 Nos num total de 160 págs. Enc.

Coleção completa e difícil de reunir. Das mais raras de Rafael Bordalo Pinheiro, publicada, juntamente com Guilherme de Azevedo e Guerra Junqueiro, que se ocultavam sob o pseudónimo de "Gil Vaz". Conta ainda com outros colaboradores literários e artísticos: Luís de Andrade, Manuel de Macedo e Emílio Pimentel. Aqui surgiu pela primeira vez a figura do Zé Povinho representado em vários números. Algumas ilustrações são em página dupla. A partir do número 8 a revista teve um maior formato. Exemplar com algumas manchas de acidez, as pág. 58 e 59 com restauro devido aos anteriores números serem de menor dimensão e estarem na antiga encadernação e assim fazendo pressão nestas páginas que são s primeira de maior formato. Este formato devido a fineza das folhas, a pág. 87 com falta de pedaço de papel na margem e a pág. 157 com um fino rasgão que não afeta o texto. Em geral bom exemplar para os poucos que temos visto no mercado.